Guia de Temas Mensais

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O Guia de Temas Mensal visa promover um maior aprofundamento nos momentos de reflexão em grupo, pois estes são importantes para a formação e o crescimento integral individual e do grupo no despertar e fortalecimento da fé e da doutrina da Igreja. O Guia de Temas Mensais é um apoio no trabalho de Evangelização através da Capela Peregrina de Nossa Senhora de Guadalupe.

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31 de ago. de 2020

Tema Mensal - Setembro 2020

 Setembro – 2020 - (Ano A)

“Ninguém subiu ao Céu, a não ser aquele que desceu do Céu, o Filho do Homem.” (João 3.13)

“Virgem Mãe tão santa e pura, vendo eu a tua amargura, possa contigo chorar” 

Diz uma lenda bretã que, quando os barcos naufragam no alto mar e os marinheiros se afogam em águas profundas, a mulher da morte lhe sussurra ao ouvido canções de berço, aquelas mesmas canções que os náufragos aprenderam de suas mães, quando eram embalados em seus berços. ... 

Mãe, dor, morte, fecundidade não são apenas palavras aproximativas ou evocativas. São expressões tão estranhamente aparentadas, tão mutuamente condicionadas que, num certo sentido, são palavras sinônimas. 

A mãe é tudo de uma vez: sagrada e terrena, pedra e estrela, aurora e ocaso, enigma e sangue, sino e silêncio, combate e ternura... 

Para cumprir esse destino, sagrado e telúrico ao mesmo tempo, a mulher, para ser mãe e ao ser mãe, renuncia e perde a sua personalidade, submergindo-se, de forma anônima, na corrente das gerações. 

Mas, assim como a hora do parto se passa atrás da cortina, também todo o heroísmo da vida da mãe transcorre em profunda simplicidade... Sofre e cala-se. Chora às escondidas. De noite, vela. De dia, trabalha. Ela é candelabro, os filhos são a luz. Dá a vida como a terra: silenciosamente. Aí está a raiz da sua grandeza e beleza. ... 

O mistério de Maria projeta-se como uma luz sobre a mãe eterna,

aquela que nunca morre e sempre sobrevive.

 A figura de Maria Mãe assume e resume a dor,

o combate e a esperança das infinitas mães que perpetuaram a vida sobre a terra.

 

O Silêncio de Maria - Conhecer de perto, Amar melhor - Ignácio Larrañaga

A Igreja da primeira hora recordou com devoção as dores de Maria, vendo-as simbolizadas na “espada” predita por Simeão e espetada no seu coração até ao fundo, nas horas da paixão e morte de Jesus. 

“O martírio da Santíssima Virgem é atestado pela profecia de Simeão e pela história da Paixão do Senhor” - meditava, comovido, São Bernardo. 

Já no episódio da Apresentação no Templo, a sorte de Maria aparece ligada ao destino trágico de Jesus. No Templo se oferece com o seu Filho ao Pai como sacrifício agradável. No Calvário mantém-se firme na fé e no amor ardente: “Sofreu com o seu Unigênito e associou-se com entranhas de Mãe ao seu sacrfício, consentindo amorosamente na imolação da Vítima que Ela prória tinha gerado” (L.G. 58). Na apresentação do Menino Jesus no Templo, a Mãe do Redentor revela o seu coração de Virgem oferente. 

A Igreja viu aí a continuidade da oblação fundamental que o Verbo encarnado fez ao Pai ao entrar neste mundo e a referência profética à sua Paixão. 

Proclamada viu também a cooperação de Maria na salvação da humanidade. As palavras de Simeão, envolvendo num só novelo o Filho e a Mãe, cumpriram-se no Calvário. A presença da Mãe junto da Cruz representa o ponto mais alto do seu serviço ao Senhor: está a seu lado, recebe com Ele os insultos, partilha a sua hora derradeira, toma nos braços o seu corpo exânime. Podemos dizer que Maria sofre na sua carne como ninguém a paixão de Cristo, porque padecia como mãe a tortura e a morte do Filho das suas entranhas. Espreme ali o melhor do seu coração de Virgem fiel, com uma vontade totalmente rendida aos desígnios do Pai. ... 

Entre as “lamentações” ou “prantos de Maria” descritos na Idade Média, um dos mais comoventes é o Stabat Mater: “Estava a Mãe dolorosa.” 

Recitando este poema, o cristão partilha no seu interior o pranto e a dor da Virgem aflita e sintoniza com a sua atitude: “Estava a Mãe dolorosa/ junto da Cruz lacrimosa,/ de onde seu Filho pendia./ Uma longa e fria espada,/ nessa hora atribulada,/ o seu coração feria.../ Quem é que não choraria,/ ao ver a Virgem Maria/ rasgada no seu coração!/ Ó doce Fonte de amor,/ faz-me sentir tua dor,/ para que chore contigo;/ e que por Cristo, enfim,/ meu coração abrasado/ viva mais nele do que em mim.” 

Não se encontra nada tão emotivo, na liturgia da Igreja, como esta balada triste, cujas estrofes monótonas vão rolando como doces lágrimas. 

Nossa Senhora do Evangelho - “Fazei o que Ele vos disser” - Abílio Pina Ribeiro 

Nossa Senhora das Dores - (15 de setembro) - A memória tem origens devocionais que remontam à Idade Média “Maria Virgem das Dores”. Difundida graças ao apostolado da Ordem dos Servos de Maria, para os quais fora aprovada em 1667, estendeu-se à Igreja Universal por ato de Pio VII em 1814. Ela possui notável conteúdo Teológico, já que recorda a presença de Maria aos pés da Cruz. ...  Ainda hoje, colocada depois da festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro). 

Dicionário de Liturgia - pág. 1230

 

PROPÓSITO DO  MÊS 

Meditar e refletir: “O mistério de Maria projeta-se como a luz sobre a mãe eterna, aquela que nunca morre e sempre sobrevive.”

INTENSÃO MENSAL

Oferecimento da oração do Santo Terço à Santíssima Virgem Maria, pedindo:

 “Por todas as mães do Mundo”

 

PARA APROFUNDAR

O Silêncio de Maria - Conhecer de perto, Amar melhor - Ignacio Larrañaga.

Nossa Senhora do Evangelho - “Fazei o que Ele vos disser” - Abílio Pina Ribeiro

Dicionário de Liturgia - pág. 1230

 

*A obra que ilustra o Tema Mensal de Setembro de 2020 (Ano A): “Pietá” - Marko Ivan Rupnik - Santuário de São João Paulo II - Cracóvia, Polonia.

 

M.C.V.F. 

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