Fevereiro – 2015
“Cumpriu-se o tempo e o Reino de
Deus está próximo. Arrependei-vos e
crede no Evangelho” (Marcos
1,15)
“Não são os homens de boa saúde
que necessitam de médico, mas sim os enfermos.
Não vim chamar à conversão os
justos, mas sim os pecadores” (Lc.
5.31-32)
“O
Senhor Jesus deu início à Sua Igreja pregando a boa nova do advento do Reino de
Deus prometido desde há séculos nas Escrituras: “Cumpriu-se o tempo, o Reino de Deus está próximo” (Mc.1.15; Mt.4.17).
Este Reino manifesta-se na palavra, nas obras e na presença de Cristo. A
palavra do Senhor compara-se à semente lançada ao campo (Mc. 4.14): aqueles que
a ouvem com fé e entram a fazer parte do pequeno rebanho de Cristo (Lc. 12.32),
já receberam o Reino; depois, por força própria, a semente germina e cresce até
ao tempo da messe (Mc. 4.26-29). Também os milagres de Jesus comprovam que já chegou
à terra o Reino:“Se lanço fora os demônios com o poder de Deus, é que chegou a
vós o Reino de Deus” (Lc. 11.20; Mt. 12.28). Mas este Reino manifesta-se
sobretudo na própria pessoa de Cristo, Filho de Deus e Filho do homem, que veio
“para servir e dar a Sua vida em redenção por muitos” (Mt. 10.45). Constituição Dogmática “Lumen Gentium” sobre a Igreja - (5 -
O Reino de Deus) – Compêndio do Vaticano II
“Desenvolve-se
a Liturgia Quaresmal sobre duplo aspecto: de um lado, as etapas fundamentais da
história da Salvação, ilustradas pelo Antigo Testamento; de outro, os fatos
mais salientes da vida de Jesus até sua
morte e ressurreição, apresentados pelo Evangelho.
Após
o pecado de Adão, que rompeu a amizade do homem com Deus, o próprio Deus inicia
a série de intervenções para reconduzir o homem ao seu amor. Entre tais
intervenções, destaca-se a aliança com Noé, no fim do dilúvio (...) “Quanto a
mim – disse-lhe então o Senhor – eis que estabeleço minha aliança convosco ...
nenhuma criatura será jamais destruída pelas águas do dilúvio, já não haverá
dilúvio para devastar a terra”
(...)
Adão,
expulso do Éden, recebeu a promessa de um salvador; Noé, salvo pelas próprias
águas que haviam arruinado tantos homens, recebe de Deus a promessa de que o
dilúvio já não tornará a submergir a humanidade. E como sinal de sua aliança,
coloca Deus seu arco nas nuvens, arco de paz, que une a terra ao céu. Este é,
porém, apenas o símbolo de uma aliança imensamente superior que está confirmada
no sangue de Cristo.
As
águas batismais, enquanto destroem o pecado – como as águas do dilúvio haviam
destruído os homens pecadores – salvam os fiéis “em virtude da ressurreição de
Jesus Cristo”
O cristão, muito mais do que Noé, é um remido através da água: não por meio do
lenho da arca, mas por meio do lenho da cruz do Senhor, em virtude de Sua morte
e ressurreição.
Visa
a Quaresma despertar no cristão a recordação do Batismo que, purificando-o do
pecado, obriga-o a viver com ‘boa consciência’, mantendo fidelidade à promessa
de renunciar a Satanás e servir só a Deus.”
Intimidade
Divina - pág.169 – Gabriel de Sta. Ma. Madalena O.C.D.
“E
logo o Espírito impeliu Jesus para o deserto. Aí esteve quarenta dias e foi
tentado pelo demônio”. Isto acontece imediatamente após o Batismo no Jordão;
assim como no Jordão quis Jesus juntar-se aos pecadores, como se fosse um
deles, necessitado de purificação, assim também no deserto quer fazer-se
semelhante a eles até na tentação, extremo limite consentido por sua santidade.
Mas, aceitando a luta com Satanás, da qual sai absolutamente vitorioso, mostra
Jesus que veio libertar o mundo do domínio do Malígno e, ao mesmo tempo, merece
para todo homem forças necessárias para vencer as insígnias diabólicas. Embora
batizado, não está o cristão isento delas; pelo contrário, muitas vezes quanto
mais se esforça para servir a Deus com fervor, tanto mais tenta o demônio
impedir-lhe o caminho, como quis impedir a Cristo de cumprir sua missão
redentora.
É mister então recorrer às armas usadas pelo próprio Jesus:
penitência, oração, perfeita
conformidade à vontade do Pai: “Está
escrito: não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca
de Deus” (Mt. 4.4) . Quem é fiel à palavra de Deus, quem dela se alimenta
constantemente, não poderá ser vencido pelo Malígno”.
Intimidade Divina – Gabriel de Sta. Ma.
Madalena, O.C.D. - pág.170
PROPÓSITO
DO MÊS
Meditar e refletir:
“Eu, porém, vos digo: amai os vossos
inimigos e orai pelos que vos perseguem; deste modo vos tornareis filhos do
vosso Pai que está nos Céus, porque ele faz nascer o seu sol igualmente
sobre maus e bons e cair a chuva sobre
justos e injustos. Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensa
tendes?” (Mt.5.43-48)
INTENÇÃO
MENSAL
Oferecimento
da oração do Santo Terço à Santíssima Virgem Maria, por todos os que nos
perseguem e nos odeiam, para que possamos viver em Paz e no Amor que Jesus nos
ensinou.
Para aprofundar:
Constituição Dogmática “Lumen
Gentium” sobre a Igreja – Compêndio do Vaticano II Constituições, Decretos, Declarações (pág. 41
– n.5) - Editora Vozes
Intimidade Divina – (pág. 169,170)
- Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
- Edições Loyola
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