“O Pai ama o Filho
e tudo entregou em sua mão. Quem crê no Filho tem a vida eterna.”
(Jo. 3.35-36)
“...a graça e a verdade vieram
por Jesus Cristo.” (Jo. 1.17)
Cristo,
plenitude da revelação
4. Depois de ter falado muitas
vezes e de muitos modos pelos Profetas, Deus “ultimamente, nestes dias,
falou-nos pelo Filho” (Hb 1.1-2). Com efeito, Ele enviou Seu Filho, o Verbo eterno
que ilumina todos os homens, para que habitasse entre os homens e lhes
expusesse os segredos de Deus (Jo 1.1-18). Jesus Cristo, portanto, Verbo feito
carne, enviado como “homem aos homens”, “profere as palavras de Deus” (Jo 3.34)
e consuma a obra salvífica que o Pai lhe
confiou ( Jo 5.36). Eis por que Ele, ao qual quem vê vê também o Pai (Jo 14.9),
pela plena presença e manifestação de Si mesmo por palavras e obras, sinais e
milagres, e especialmente por Sua morte e gloriosa ressurreição dentre os
mortos, enviado finalmente o Espírito de verdade, aperfeiçoa e completa a
revelação e a confirma com o testemunho divino que Deus está conosco para
libertar-nos das trevas do pecado e da morte e para ressuscitar-nos para a vida
eterna.
Constituição Dogmática “Dei
Verbum” sobre a Revelação Divina - Capítulo I - A Revelação como tal - Doc. n.
4
“Convida
a Liturgia a fixarem os fiéis o olhar na glória de Cristo, Rei eterno, a fim de
prepará-los a compreenderem melhor o valor de sua humilhante Paixão, caminho
necessário à exaltação suprema. Não se trata, portanto, de acompanhar Jesus no
triunfo de uma hora, mas de segui-lo até ao Calvário onde, ao morrer na cruz,
triunfará para sempre do pecado e da morte. Eis os sentimentos da Igreja, ao
benzer os ramos: roga que realize o povo cristão o rito externo ‘com profunda
devoção, triunfando do inimigo e honrando com toda a alma a ... misericordiosa
obra de salvação’ do Senhor ... ‘Cristo, embora sendo de condição Divina, não
se prevaleceu de sua igualdade com Deus; mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo
a condição de escravo’(Fl 2.6-7).
Na paixão,
leva Cristo ao limite extremo a abnegação dos direitos de sua divindade: não só
os oculta sob as aparências da natureza humana, mas a eles renuncia até
submeter-se ao suplício da cruz.”
Intimidade Divina -
Gabriel de Sta. Ma. Madalena O.C.D. – Pág. 274
Papa Francisco em sua mensagem
para a Quaresma diz:
“A
Quaresma é sobretudo um ‘tempo favorável’ de graça (2 Cor 6.2). Deus nada nos
pede, que antes não no-lo tenha dado: ‘Nós amamos, porque Ele nos amou
primeiro’ (1 Jo 4.19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a
peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa
procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor
impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa
se passa conosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos
certamente dos outros ( isto, Deus nunca faz!), não nos interessam os seus
problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso
coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável,
esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença
atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da
indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de
enfrentar. ... Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não
cair na indiferença nem se fechar em si mesmo.
E Papa Francisco propõe três
textos para meditação .
1. “Se um membro sofre, com ele sofrem todos os
membros” (1 Cor 12,26): A Igreja
Com
o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor
de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. O
cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia,
revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens.
2. “Onde está o teu irmão?” (Gn 4.9): As paróquias e as comunidades
A
Igreja é, por natureza, missionária ... segue Jesus Cristo pela estrada que a
conduz a cada homem, até aos confins da terra (At. 1.8). Assim podemos ver, no
nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou.
3. “Fortalecei os vossos corações” (Tg 5.8):
cada um dos fiéis
Quem
quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador
mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar
pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs ... Por isso, amados
irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: ‘Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei
o nosso coração semelhante ao Vosso’. Teremos assim um coração forte e
misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem
cai na vertigem da globalização da indiferença”.
Mensagem do Papa Francisco para a
Quaresma 2015
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar e refletir:
“Fazei o nosso coração semelhante
ao Vosso - ... um coração forte e misericordioso,vigilante e generoso, que não
se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença”.
Papa Francisco
INTENÇÃO MENSAL
Oferecimento
da oração do Santo Terço à Virgem Santíssima, por um coração “fechado ao
tentador, mas aberto à Deus”, livre do
egoísmo e da soberba.
Para aprofundar:
Constituição
Dogmática “DEI VERBUM” sobre a Revelação Divina – Compêndio do Vaticano II Constituições, Decretos, Declarações – pág.
123 – Doc. 4
Intimidade
Divina – Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D. – pág. 274
Mensagem
do Papa Francisco para a Quaresma 2015
www.virgemperegrina-sp.blogspot.com.br