Guia de Temas Mensais

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O Guia de Temas Mensal visa promover um maior aprofundamento nos momentos de reflexão em grupo, pois estes são importantes para a formação e o crescimento integral individual e do grupo no despertar e fortalecimento da fé e da doutrina da Igreja. O Guia de Temas Mensais é um apoio no trabalho de Evangelização através da Capela Peregrina de Nossa Senhora de Guadalupe.

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15 de abr. de 2015

Tema Mensal - Abril 15

Abril  -  2015

“Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e creres em teu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”  (Rom. 10.9)



“O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate  por muitos” (Mc. 10.45)

Jesus morre na cruz
“Segundo a narração dos evangelistas, Jesus morreu, rezando, à hora nona, isto é, às três horas da tarde. Segundo Lucas, Ele tirara a sua última oração do Salmo 31: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc. 23.46; Sl 31.6). Segundo João, a última palavra de Jesus foi esta: “Está consumado” (Jo. 19.30). No texto grego, esta palavra (tetélestai) alude ao início da paixão, à hora do lava pés, cuja narração é introduzida pelo evangelista sublinhando que Jesus amou os Seus “até o fim (télos)” (Jo. 13.1). Este “fim”, este extremo cumprimento do amar foi alcançado agora, no momento da morte. Jesus foi verdadeiramente até o fim, até o limite e para além do limite. Ele realizou a totalidade do amor, deu-Se a Si mesmo.  (...)

Os Evangelhos sinóticos caracterizam explicitamente a morte na cruz como acontecimento cósmico e litúrgico: o sol escurece, o véu do templo rasga-se em dois, a terra treme, os mortos ressuscitam.
Ainda mais importante que o sinal cósmico é um processo de fé: o centurião (comandante do pelotão de execução), abalado com os acontecimentos que vê, reconhece Jesus como Filho de Deus: “Verdadeiramente, este homem era Filho de Deus!” (Mc. 15.39).
Junto da cruz, tem início a Igreja dos pagãos. A partir da cruz, o Senhor reúne os homens para a nova comunidade da Igreja universal. Em virtude do Filho sofredor, eles reconhecem o verdadeiro Deus.    (...)                 
Vivendo o Evangelho e padecendo por ele, a Igreja, sob a guia da mensagem apostólica, aprendeu a compreender cada vez mais o mistério da cruz, embora este, em última análise, não se deixe reduzir às categorias da nossa razão: na cruz, a obscuridade e a ilogicidade do pecado encontram-se com a santidade de Deus na sua luminosidade ofuscante para os nossos olhos, e isto ultrapassa a nossa lógica. Todavia, na mensagem do Novo Testamento e na sua realização na vida dos santos, o grande mistério tornou-se totalmente luminoso.
O mistério da expiação não deve ser sacrificado a algum presunçoso racionalismo. Aquilo que o Senhor respondeu ao pedido feito pelos filhos de Zebedeu a propósito dos tronos ao lado d’Ele permanece uma palavra chave para a fé cristã como tal:  “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” ( Mc. 10.45)      (...)

A ressurreição de Jesus da morte
A ressurreição é um acontecimento dentro da história que, todavia, rompe o âmbito da história e a ultrapassa. Podemos talvez servir-nos de uma linguagem analógica, que permanece, em muitos aspectos, inapropriada, mas pode abrir um acesso à compreensão. Podemos considerar a ressurreição como uma espécie de salto radical de qualidade em que se entreabre uma nova dimensão da vida, do ser homem.
Sem dúvidas, a própria matéria é transformada num novo gênero de realidade. Agora o Homem Jesus, precisamente com o seu próprio corpo, pertence totalmente à esfera do divino, do eterno. Desde agora em diante – disse uma vez Tertuliano – “espírito e sangue” têm um lugar em Deus. Embora, o homem, segundo a sua natureza, seja criado para a imortalidade, só agora existe o lugar onde a sua alma imortal encontra o espaço, aquela “corporeidade”, na qual a imortalidade recebe sentido como comunhão com Deus e com toda a humanidade reconciliada. As Cartas (de São Paulo na prisão) aos Colossenses (Col. 1.12-23) e aos Efésios (Efe. 1.3-23) supõe isso, quando falam do corpo cósmico de Cristo, indicando assim que o corpo transformado d’Ele é também o lugar onde os homens entram na comunhão com Deus e entre si; e, desse modo, podem viver definitivamente na plenitude da vida indestrutível.  (...)
Essencial é o dado de que,  (...) na ressurreição verificou-se um salto ontológico que toca o ser como tal; foi inaugurada uma dimensão que nos interessa a todos, e que criou para todos nós um novo âmbito da vida, o estar com Deus. (...)  A ressurreição descerra o espaço novo que abre a história para além de si mesma e cria o definitivo (...) a ressurreição de Jesus ultrapassa a história, mas deixou o seu rastro na história. Por isso pode ser atestada por testemunhas como um acontecimento de qualidade completamente nova. De fato, o anúncio apostólico, com o seu entusiasmo e a sua audácia, é inconcebível sem um contato real das testemunhas com o fenômeno totalmente novo e inesperado que os tocava externamente, e que consistia no manifestar-se e no falar de Cristo ressuscitado.  (...)
Se ouvirmos as testemunhas com coração atento e nos abrirmos aos sinais com que o Senhor não cessa de autenticar as Suas testemunhas e de atestar-Se a Si mesmo, então saberemos que Ele verdadeiramente ressuscitou; Ele é o Vivente. A Ele nos entregamos, sabemos que assim caminhamos pela estrada justa. Com Tomé, metamos a nossa mão no lado transpassado de Jesus e professemos: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo. 20.28)
                      
        JESUS  DE  NAZARÉ - Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição - Joseph Ratzinger - Bento XVI


“É Páscoa, a Páscoa do Senhor (...) Não figura, não história, não sombra, mas a verdadeira Páscoa do Senhor(...) Verdadeiramente, ó Jesus, livrastes-nos da grande ruína e nos estendestes as paternas mãos (...) Vosso sangue divino derramastes na terra, para cumprir Vossa aliança cruenta e cheia de amor pelos homens. Afastastes de nós as ameaças da ira do Altíssimo e nos restituístes a primitiva paz com Deus (...) Ó Vós, que sois verdadeiramente só entre os sós e todo em todos! Acolham os céus o Vosso espírito (..). mas o Vosso sangue, possua-o a terra (...) (...) Suplicamo-Vos, ó Senhor Deus, Cristo, Rei eterno dos espíritos, estendei as divinas mãos sobre Vossa Igreja, povo santo, sempre Vosso! Defendei-o, guardai-o, conservai-o, e todos os inimigos combatei, derrotai, submetei (...) Concedei-nos cantar com Moisés o cântico da vitória, porque Vossa é a glória e o poder nos séculos!” 
                                                                                  S. Hipólito de Roma – Das orações dos primeiros cristãos,  44


PROPÓSITO DO MÊS
Meditar e refletir

“Se ouvirmos as testemunhas com coração atento e nos abrirmos aos sinais com que o Senhor não cessa de autenticar as Suas testemunhas e de atestar-Se a Si mesmo, então saberemos que Ele verdadeiramente ressuscitou; Ele é o Vivente”


INTENÇÃO MENSAL
Oferecimento da oração do Santo Terço a Virgem Santíssima, para que Jesus Cristo estenda suas divinas mãos sobre Sua Igreja e povo santo.


PARA APROFUNDAR:
JESUS DE NAZARÉ - Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição - Joseph Ratzinger - Bento XVI
 S. Hipólito de Roma - Das orações dos primeiros cristãos, 44  



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