Maio
– 2105
“Quando Eu for,
enviá-lo-ei a vós” (Jo. 16.7)
“A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou,
também Eu vos envio”.
Dizendo isso,
soprou sobre eles e lhes disse:
“Recebei o Espírito Santo” (Jo. 20.21-22)
É Pentecostes a realização da promessa de Jesus: “Quando Eu for, enviá-lo-ei” (Jo. 16.7)
“Ficaram
todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, segundo o
Espírito Santo lhes concedia que se exprimissem” (At. 2.4). A partir desse
momento começa também aquela caminhada de fé, a peregrinação da Igreja através
da história dos homens e dos povos. É sabido que, ao iniciar-se essa caminhada,
Maria se encontrava presente, vemo-la no meio dos Apóstolos no Cenáculo de
Jerusalém, ‘implorando com as suas orações o dom do Espírito’ ...” (doc. 26)
Agora,
nos albores da Igreja, no princípio da sua longa caminhada mediante a fé, que
se iniciava em Jerusalém com Pentecostes, Maria estava com todos aqueles que
então constituíam o germe do ‘novo Israel’. Estava presente no meio deles como
uma testemunha excepcional do mistério de Cristo. E a Igreja era assídua na
oração juntamente com Ela e , ao mesmo tempo, ‘contemplava-a à luz do Verbo feito homem’. E assim viria a
ser sempre. Com efeito, sempre que a Igreja ‘penetra mais profundamente no
insondável mistério da Encarnação’, ela pensa na Mãe de Cristo com entranhada
veneração e piedade. Maria faz parte indissoluvelmente do mistério de Cristo; e
faz parte também do mistério da Igreja desde o princípio, desde o dia do seu
nascimento. Na base daquilo que a Igreja
é desde o início, daquilo que ela deve tornar-se continuamente, de geração em
geração, no seio de todas as nações da Terra, encontra-se ‘aquela que acreditou
no cumprimento das coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor’ (Lc. 1.45).
Esta fé de Maria, precisamente, que assinala o início da nova e eterna Aliança
de Deus com a humanidade em Jesus Cristo, esta sua fé heróica ‘precede’ o
testemunho Apostólico da Igreja e permanece no coração da mesma Igreja,
escondida como uma herança especial da revelação de Deus.” (doc.27)
Carta
Encíclica do Sumo Pontífice João Paulo II - Redemptoris Mater - 26/27
“A
obra iniciada em Pentecostes é destinada a renovar a face da terra, como um dia
renovou o coração dos Apóstolos, transformando sua mentalidade ainda ligada ao
judaísmo, para lançá-los à conquista do mundo todo, sem distinção de raça ou
religião. Isto foi facilitado de modo concreto pelo dom das línguas que
permitiu à Igreja primitiva difundir-se com maior rapidez. E se com o tempo
aquele dom cessou, outro não menos poderoso para atrair os homens ao Evangelho
e para uni-los entre si não cessou até hoje: é o dom do amor.
A
linguagem do amor é compreendida por todos: doutos e ignorantes, compatriotas
ou estrangeiros, cristãos ou não. E é especialmente por isso que a Igreja
inteira e cada um dos fiéis têm sempre necessidade de que Pentecostes se
renove. Embora o Espírito Santo já esteja presente, é sempre necessário rezar:
‘Vinde Espírito Santo, enchei os corações de Vossos fiéis, acendei neles o fogo
do Vosso amor’. O Pentecostes realizado cinqüenta dias depois da Páscoa, não
pode ser considerado episódio isolado, mas antes realidade sempre em ato na
Igreja.”
Intimidade Divina - (doc.146) - Gabriel de
Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
“O
Espírito Santo enriquece toda a Igreja evangelizadora também com diferentes
carismas. São dons para renovar e edificar a Igreja. Não se trata de um
patrimônio fechado, entregue a um grupo para que o guarde; mas são presentes do
Espírito integrados no corpo eclesial, atraídos para o centro que é Cristo, de
onde são canalizados em um impulso evangelizador. Um sinal claro da
autenticidade de um carisma é a sua eclesialidade, a sua capacidade de se
integrar harmoniosamente na vida do povo santo de Deus para o bem de todos. Uma
verdadeira novidade suscitada pelo Espírito não precisa fazer sombra sobre
outras espiritualidades e dons para se afirmar a si mesma. Quanto mais um
carisma dirigir o seu olhar para o coração do Evangelho, tanto mais eclesial
será o seu exercício. É na comunhão, mesmo que seja fadigosa, que um carisma se
revela autêntica e misteriosamente fecundo. Se vive este desafio, a Igreja pode
ser um modelo para a paz do mundo.”
Exortação
Apostólica do Sumo Pontífice Francisco - Evangelii Gaudium - (doc.130)
PROPÓSITO
DO MÊS
Meditar
e refletir
“O Espírito
socorre a nossa fraqueza, pois não sabemos o que seja conveniente pedir; mas o
próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis” (Rom. 8.26)
INTENÇÃO MENSAL
Oferecimento da
oração do Santo Terço a Virgem Maria, pela intercessão do Espírito Santo na
Igreja e em nossas vidas.
PARA APROFUNDAR:
Carta
Encíclica do Sumo Pontífice João Paulo II - REDEMPTORIS MATER - docs. 26/27
Intimidade
Divina - doc. 146 – Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
Exortação
Apostólica do Sumo Pontífice – Francisco – EVANGELII GAUDIUM – doc. 130