Março - 2016
“...Todo aquele que
crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados” (At. 10.43)
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Mirtis Moraes |
“O espírito do
Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu: enviou-me para levar a
boa-nova aos que sofrem, para curar os desesperados, para anunciar a libertação
aos exilados e a liberdade aos prisioneiros; para proclamar um ano de
misericórdia do Senhor” (Is. 61.1-2)
“Um ano de
misericórdia”: isto é o que o Senhor anuncia e que nós desejamos viver. Este
Ano Santo traz consigo a riqueza da missão de Jesus que ressoa nas palavras do
Profeta: levar uma palavra e um gesto de consolação aos pobres, anunciar a
libertação a quantos são prisioneiros das novas escravidões da sociedade
contemporânea, devolver a vista a quem já não consegue ver porque vive curvado
sobre si mesmo, e restituir dignidade àqueles que dela se viram privados. A
pregação de Jesus torna-se novamente visível nas respostas de fé que o
testemunho dos cristãos é chamado a dar”.
Misericordiae Vultus (n.16) - O rosto da
misericórdia - Papa Francisco
“As páginas do
profeta Isaías poderão ser meditadas, de forma mais concreta, neste tempo de
oração, jejum e caridade.
“Se retirares da
tua vida toda a opressão, o gesto ameaçador e o falar ofensivo, se repartires o
teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na
escuridão, e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia. O Senhor te guiará
constantemente, saciará a tua alma no árido deserto, dará vigor aos teus ossos.
Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis” ( Is
58.6-11)
Misericordiae Vultus (n.17) – O rosto da misericórdia – Papa Francisco
“A mensagem
messiânica de Cristo e a sua atividade entre os homens terminam com a Cruz e a
Ressurreição. Se quisermos exprimir totalmente a verdade acerca da
misericórdia, com a plenitude com que foi revelada na história da nossa
salvação, devemos penetrar de maneira profunda nesse acontecimento final que,
particularmente na linguagem conciliar, é definido como mysterium paschale
(Mistério Pascal). (...) Cristo,
enquanto homem, que sofre realmente e de um modo terrível no Jardim das
Oliveiras e no Calvário, dirige-se ao Pai, àquele Pai cujo amor Ele pregou aos
homens e de cuja misericórdia deu testemunho com todo o seu agir. Mas não lhe é
poupado, nem sequer a Ele, o tremendo sofrimento da morte na Cruz: ‘Aquele que
não conhecera o pecado, Deus tratou-o por nós como pecado’, escrevia São Paulo,
resumindo em poucas palavras toda a profundidade do mistério da Cruz e a
dimensão divina da realidade da Redenção.
(...) O Mistério
Pascal é o ponto culminante da revelação e atuação da misericórdia, capaz de
justificar o homem, e de restabelecer a justiça como realização do desígnio
salvífico que Deus, desde o princípio, tinha querido realizar no homem e, por
meio do homem, no mundo, Cristo, ao sofrer, interpela todo e cada homem e não
apenas o homem crente.
Até o homem que
não crê poderá descobrir nele a eloqüência da solidariedade com o destino
humano, bem como a harmoniosa plenitude da dedicação desinteressada à causa do
homem, à verdade e ao amor.
A Cruz erguida
sobre o Calvário, na qual Cristo mantém o seu último diálogo com o Pai, brota
do âmago mais íntimo do amor, com que o homem, criado à imagem e semelhança de
Deus, foi gratuitamente beneficiado, de acordo com o eterno desígnio divino.
Deus, tal como Cristo O revelou, não permanece apenas em estreita relação com o
mundo, como Criador e fonte última da existência; é também Pai: está unido ao
homem por Ele chamado à existência no mundo visível, mediante um vínculo mais
profundo ainda do que o da criação. É o amor que não só cria o bem, mas que faz
com que nos tornemos participantes da própria vida de Deus, Pai, Filho e
Espírito Santo. Quem ama deseja dar-se a si próprio”
Encíclica
Divis in Misericordia (V n.7) - Sobre a Misericórdia Divina - São João
Paulo II
“Ao pé da cruz,
Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de
perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O
crucificou mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta
que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem
excluir ninguém.”
Misericordiae Vultus (n.24) - O rosto da
misericórdia - Papa Francisco
“Escuta-me, Senhor,
porque é doce a tua misericórdia. Segundo a multidão das tuas misericórdias
olha para mim, mas não segundo a multidão dos meus pecados”
Santo Agostinho (Sermão 2.1)
PROPÓSITO
DO MÊS
Meditar
e Refletir: “A Cruz erguida sobre o Calvário, na qual Cristo mantém o seu
último diálogo com o Pai, brota do âmago mais íntimo do amor, com que o homem,
criado à imagem e semelhança de Deus, foi gratuitamente beneficiado, de acordo
com o eterno desígnio divino.”
Divis in
Misericordia - Sobre a Misericórdia Divina – São João Paulo II
INTENÇÃO
MENSAL
Oferecimento
da oração do Santo Terço à Virgem Santíssima, “para que as famílias em
dificuldades recebam os apoios necessários e as crianças possam crescer em
ambientes saudáveis e serenos” (Intenção de oração do Papa Francisco. Março
2016)
Para
aprofundar:
Misericordiae
Vultus - Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia - Papa
Francisco
Encíclica Divis in
Misericórdia - Sobre a Misericórdia Divina - São João Paulo II
*As
obras que ilustram o Tema Mensal de março 2016, são de Mirtis Moraes
“Sudário
da Ressurreição” e “Magnificat"
www.virgemperegrina-sp.blogspot.com.br