
Tema Mensal de Março
“Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições....
E uma espada transpassará a tua alma” (Lc 2, 34-35)
Simeão disse estas palavras a Maria ao apresentar Jesus no templo. Este ancião, movido pelo Espírito Santo, previu o sofrimento em toda a vida de Maria. Esta dor alcançará sua culminação na paixão de Cristo, que se converte também em sua paixão. Maria, sabendo que a dor marcaria sua alma, leva com amor até o final o “sim” que falou a Deus, porque o amor verdadeiro não é sentimento nem emoção, mas entrega, e onde há entrega, há também dor.
Maria oferece seu Filho como vítima para o perdão de todos os nossos pecados. Maria não deixou de crer no “cumprimento” da palavra de Deus. Por isso, a Igreja admira e venera em Maria a mais pura realização da fé. (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 149)
São João narra que “junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleofás, e Maria Madalena. “ (Jô 19,25). Com estas palavras, são João quer nos mostrar que Maria e as mulheres que a acompanhavam viveram sua dor com fortaleza admirável. Estavam em pé, firmes em meio a tão grande dor.
Durante todo o dia Maria tinha visto como julgavam seu Filho sem razão, como o golpeavam e flagelavam. Ao pé da cruz, Maria está em pé, mas quebrantada pela dor. Nunca poderemos compreender seu sofrimento naquela hora. Ela acompanha Jesus até o fim. Ao pé da cruz, como é difícil a fé! Como é duro ver Jesus, seu Filho, verdadeiro Deus, crucificado pela maldade dos homens!
Também é grande a dor que sente agora que nos vê, seus filhos, quando nos acontece algo ruim. O Santo Padre João Paulo II disse em sua visita pastoral ao Santuário de Nossa Senhora das Lágrimas em Siracusa que as lágrimas de Maria são:
*Lágrimas de dor: por todos os que rechaçaram o amor de Deus e pela humanidade oprimida e destruída.
*Lágrimas de oração: da Mãe que eleva sua oração suplicante pelos que não rezam, pelos que estão obstinados e fechados para não escutar a Deus.
*Lagrimas de esperança: que desejam abrandar os corações endurecidos, alcançando arrependimento, pranto de conversão em todos aqueles que não choraram por seus pecados.
Na Anunciação, o anjo Gabriel diz a Maria que se alegre porque será a mãe do Salvador. E nem sequer no momento de dor desaparece totalmente sua alegria, porque Maria sabe que Cristo está ali pelo amor que nos tem, pela salvação das almas.
“Somente a alegria que se mantém firme diante da dor e é mais forte que a dor, é a verdadeira alegria” disse o papa Bento XVI em seu livro Maria, Igreja nascente.
Aprendamos como Maria a colocar nosso sofrimento nas mãos de Deus para aceitá-lo, oferecê-lo e alcançar a verdadeira alegria.
Tenho oferecido a Deus ou a Santíssima Virgem as dificuldades e dores de minha vida pelos pecadores ou por alguma intenção especial, como ela nos ensinou?
Acompanho a Cristo na cruz como Maria?
Vivo o momento da consagração na missa sendo consciente de encontrar-me verdadeiramente diante de Cristo crucificado no Calvário?
PROPÓSITO DO MÊS
NA SEXTA-FEIRA SANTA REZAREMOS O SANTO
TERÇO EM
FAMÍLIA PARA ACOMPANHAR A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA EM
SUA DOR. OFERECEREMOS UM PEQUENO SACRIFÍCIO DIÁRIO PARA
ACOMPANHAR MARIA NO CAMINHO DO CALVÁRIO.
INTENÇÃO MENSAL
OFERECEREMOS NOSSA ORAÇÃO DO SANTO TERÇO EM
FAMÍLIA PELA DOR QUE VIVEM AS FAMÍLIAS NO MUNDO, PARA QUE A
SANTÍSSIMA VIRGEM AS AJUDE A ENFRENTÁ-LA COM FÉ, AMOR E FORTALEZA.
Para se aprofundar, pode-se ler Catecismo
da Igreja Católica, n. 149, 618
Equipe Virgem Peregrina da Família - Regional São Paulo
Virgem Peregrina da Família