Setembro - 2016
“Sim, uma espada traspassará tua alma!” (Lc 2.35)
“Perto da Cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe,
a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria
Madalena.” (Jo 19.25)
Esta união de Maria
com seu Filho na obra da salvação manifesta-se desde a hora da concepção virginal
de Cristo até sua morte.
Ela é
particularmente manifestada na hora da paixão de Jesus:
A bem-aventurada
Virgem avançou em sua peregrinação de fé, manteve fielmente sua união com o
Filho até a Cruz, onde esteve de pé não sem desígnio divino, sofreu
intensamente junto com seu Unigênito. E
com ânimo materno se associou a seu sacrifício, consentindo com amor na
imolação da vítima por ela gerada.
Catecismo da Igreja Católica – CIC – 964
Quanto custou a
Nossa Senhora a submissão à vontade de Deus, diz a espada que lhe traspassou a
alma durante a vida inteira, assim como o holocausto supremo que consumou,
enfim, aos pés da Cruz. Aí “esteve não sem desígnio divino, sofrendo
intensamente junto com seu Unigênito. Com ânimo materno se associou ao
sacrifício dele, consentindo com amor na imolação da vítima por ela mesma
gerada”(LG 58) (...)
Em Belém, na paz da
noite, com imensa alegria, Nossa Senhora deu à luz o Cristo. No Calvário, entre
os gritos dos carrascos e com indizível dor, gerou os homens para a vida da
graça. Pela íntima participação no mistério do Filho, “foi nossa Mãe na ordem
da graça”, afirma o Vaticano II (LG 61) (...)
É de amor e de dor a
maternidade de Nossa Senhora para com todos os homens. Para ser dignos filhos
seus, temos de aprender dela a amar e a sofrer. Amar a Deus e todos os seus
divinos quereres, aceitar com amor as tribulações da vida e lhas oferecer em união
com a Paixão de Jesus e a compaixão de Maria, pela salvação nossa e dos irmãos.
Intimidade Divina - Gabriel de Sta. Ma. Madalena,
O.C.D.
A cena de Maria
junto à Cruz foi reinterpretada de muitas maneiras no correr da história, com o
desenvolvimento do culto, da piedade e do Dogma. Maria, por sua obediência
radical a Deus até a Cruz seria a Nova Eva. Chamada por Jesus de “mulher”,
seria a mãe de todos os viventes redimidos por Cristo, o Novo Adão. Na devoção
popular, fortaleceu-se a imagem de Maria “Mãe das Dores” (Mater Dolorosa), que
padece com seu Filho, inspirando os sofredores a enfrentar com coragem e
persistência as cruzes de sua existência. (...) Quando nos comprometemos com
Jesus e sua proposta, experimentamos inúmeras dificuldades e grandes alegrias.
Provamos o fracasso da Cruz e a vitória da Ressurreição. Nesse contexto, Maria
nos inspira a celebrar a alegria do vinho novo, da festa que começa com Jesus.
Ela não é somente a Mãe das Dores, na Cruz, mas também a Mãe da alegria em
Canã.
Canã e Cruz estão se
realizando ainda. Nós somos hoje os discípulos amados de Jesus. O Pai nos dá
o mesmo
amor com o qual amou a Jesus
“Eu lhes dei a conhecer o teu nome e lhes darei a conhecê-lo, a
fim de que o amor com que me
amaste esteja neles e Eu neles”( Jo 17.26). E nos presenteia Maria, Mãe e guia,
para nos ajudar a viver a vocação cristã no mundo.
Maria Toda de Deus e tão humana - (5º. Cap.) Afonso
Murad
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar em família,
lembrando as sete dores de Maria
- A Profecia de
Simeão
- A Fuga para o
Egito
- Maria à procura de
Jesus no Templo
- O Encontro de
Maria com Jesus no caminho do Calvário
- A Crucifixão de
Jesus
- Maria recebe o
Corpo de Jesus
- Maria sepulta o
Corpo de Jesus
INTENÇÃO MENSAL
Oferecimento da
oração do Santo Terço à Virgem Maria por todas as dores da humanidade.
Para aprofundar:
Catecismo da Igreja
Católica - CIC
- 964
Intimidade Divina - página
1189 - Gabriel de Sta. Ma. Madalena, OCD
Maria Toda de Deus e
tão humana - 5º. Cap. Página 99 - Afonso
Murad
*A obra que ilustra o Tema Mensal Setembro 2016,
“Nossa Senhora das Dores” é de Aleijadinho e está no Museu de Arte Sacra de São
Paulo.
(M.C.V.F.)
www.virgemperegrina-sp.blogspot.com.br
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