Março
- 2021
(Ano B)
“Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé” (Ef 2.8)
“Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo” (Jo 12.28)
“Quando Eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim” - (Jo 12.32)
“O Pai envia o seu Filho, que se fez homen pelo
Espírito Santo e pela sinergia da Virgem de Nazaré, para recuperar o homem,
resgatá-lo para aquele modo de ser digno da criatura feita à imagem e
semelhança de Deus. Deus não realiza a obra da salvação a partir do exterior. O
caminho da aliança percorrido por Abraão é um longo amadurecimento feito de
esperas, de provas, de subidas e quedas, para preparar o tempo propício à vinda
do Messias.
O ponto de chegada de Abraão - uma vida segundo a aliança, uma existência relacional - é a imagem do que Deus, mais tarde, realizará por seu Filho, verdadeira mudança na existência do homem, mudança real. No Filho, o Pai elevará a humanidade a uma existência filial, não com uma operação exterior ao homem, mas assumindo a natureza humana na pessoa do Filho. No Filho, a humanidade vive a comunhão, à maneira filial, como dom de si. Na encarnação, o Filho de Deus vive como homem e, portanto, tem diante de si a morte como limite inultrapassável da natureza humana. É precisamente a aceitação da morte - morte, fruto da letalidade presente em todo o curso de isolamento e separação da existência humana - que realiza a redenção da humanidade, porque o Filho fará dela um acontecimento de comunhão com o Pai e com os homens Por esta comunhão de Cristo com o gênero humano, as consequências de assumir o pecado do homem deveriam estender-se também à sua vida física. Mas, porque era isento de pecado, a morte não era uma necessidade para Ele: assume-a voluntariamente, oferecendo a sua vida como sacrifício supremo e final a Deus:
“[a vida] ninguém a tira de mim, mas sou Eu que a ofereço livremente” (Jo 10.18).
O Filho de Deus, com o seu sacrifício de amor, com a doação da sua vida, abre um sentido totalmente novo para a morte.
Morte que, até então, era a separação entre o homem e Deus - morte que dominava todos os homens, sempre em antagonismo e conflito uns com os outros, pelo medo de perder a vida (cf. Heb 2.14-15), agora, com Cristo, converter-se-à na suprema manifestação de Deus como dom de si, retirando-lhe todo o veneno. A morte deixa de ser o princípio do ódio e da separação entre os homens, mas, pelo sacrifício de Cristo, adquire um sentido de passagem e de unidade. ...
Quando Cristo na cruz exala o último suspiro, quando nele toda a humanidade se tornou dom, a humanidade recebe o seu sopro e começa a viver de modo filial. Na morte de Cristo, morre a humanidade pecadora e separada de Deus.”
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar
e refletir: “Quando
Cristo na cruz exala o último suspiro, quando nele toda a humanidade se tornou
dom, a humanidade recebe o seu sopro e começa a viver de modo filial”
INTENÇÃO
MENSAL
Oferecimento
da oração do Santo Terço à Virgem Maria, rezando: “Glória e
louvor a vós, ó Cristo”
PARA
APROFUNDAR:
Segundo
o Espírito - A teologia espiritual a caminho com a Igreja do Papa Francisco - Marko
Ivan Rupnik.
Intimidade
Divina - Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
*A obra
que ilustra o Tema Mensal - Março 2021 (Ano B): “Esaltazione della Santa Croce con la Madre di Dio e
Sant´Elena” - Marko Ivan Rupnik.
Maria Celeste Ventura Ferreira - M.C.V.F.
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