Janeiro – 2016
“Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois
eles existem desde sempre”
(Sl 25|24|.6)
“Este é meu mandamento: amai-vos
uns aos outros como eu vos amei.” (Jo.
15.12)
“Passados
cinqüenta anos da Declaração Conciliar Nostra Aetate, Concílio Ecumênico
Vaticano II, somos chamados a sentir mais intensamente a necessidade de orar
pelo dom da unidade entre os cristãos e da paz e irmandade com os membros das
outras religiões.”
Celebrar
a Misericórdia – Subsídio Litúrgico
“Hoje, aqui em
Roma e em todas as Dioceses do mundo, ao cruzar a Porta Santa, queremos também
recordar outra porta que, há cinqüenta anos, os Padres do Concílio Vaticano II
escancararam ao mundo. Esta efeméride não pode lembrar apenas a riqueza dos
documentos emanados, que permitem verificar até aos nossos dias o grande
progresso que se realizou na fé. Mas o Concílio foi também, e primariamente, um
encontro; um verdadeiro encontro entre a Igreja e os homens do nosso tempo. Um
encontro marcado pela força do Espírito que impelia a sua Igreja a sair dos
baixios que por muitos anos a mantiveram fechada em si mesma, para retomar com
entusiasmo o caminho missionário.
Papa Francisco - 08 de dezembro
de 2015 - Jubileu Extraordinário da Misericórdia
“Com efeito, os
homens constituem todos uma só comunidade; todos têm a mesma origem, pois foi
Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro gênero humano (1); têm também
todos um só fim último, Deus, que a todos estende a sua providência, seus
testemunhos de bondade e seus desígnios de salvação (2) até que os eleitos se
reúnam na cidade santa, iluminada pela glória de Deus e onde todos os povos
caminharão na sua luz (3). Os homens esperam das diversas religiões resposta
para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, profundamente
preocupam seus corações: Que é o homem? Qual o sentido e a finalidade da vida?
Que é o pecado? De onde provém o sofrimento, e para que serve? Qual o caminho
para alcançar a felicidade verdadeira? Que é a morte, o juízo e a retribuição
depois da morte? Finalmente, que mistério último e inefável envolve a nossa
existência, do qual vimos e para onde vamos?
Desde os tempos
mais remotos até aos nossos dias, encontra-se nos diversos povos certa
percepção daquela força oculta presente no curso das coisas e acontecimentos
humanos; encontra-se por vezes até o conhecimento da divindade suprema ou mesmo
de Deus Pai. Percepção e conhecimento esses que penetram as suas vidas de
profundo sentido religioso. (...)
A Igreja sempre
ensinou e ensina, Cristo sofreu, voluntariamente e com imenso amor, a Sua
Paixão e Morte, pelos pecados de todos os homens, para que todos alcancem a
salvação. O dever da Igreja, ao pregar, é portanto, anunciar a cruz de Cristo
como sinal do amor universal de Deus e como fonte de toda a Graça.
Não podemos,
porém, invocar Deus como Pai comum de todos, se nos recusarmos a tratar como
irmãos alguns homens, criados à Sua imagem. De tal maneira estão ligadas a
relação do homem a Deus Pai e a sua relação aos outros homens seus irmãos, que
a Escritura afirma: “quem não ama, não conhece a Deus (1Jo. 4.8)”
Declaração Nostra Aetate - Sobre a
Igreja e as Religiões não Cristãs - Papa PauloVI – Roma 1965
“Acreditar em
Cristo significa querer a unidade; querer a unidade significa querer a Igreja;
querer a Igreja significa querer a comunhão de graça que corresponde ao desígnio
do Pai desde toda a eternidade. Este é o significado da oração de Cristo: Ut
unum sint (Jo.17.21) (...)
Ao evocar a
divisão dos cristãos, o Decreto Unitatis Redintegratio - Concílio Ecumênico Vaticano
II, sobre o Ecumenismo, não ignora “a culpa dos homens de um e de outro lado”,
reconhecendo que a responsabilidade não pode ser atribuída somente aos
“outros”. Por graça de Deus, porém, não foi destruído o que pertence à
estrutura da Igreja de Cristo e nem mesmo aquela comunhão que permanece com as
outras Igrejas e Comunidades eclesiais. (...) A Constituição Lumen Gentium
ressalta que a Igreja Católica “vê-se unida por muitos títulos” a estas
Comunidades, por uma certa união verdadeira no Espírito Santo.”
Carta Encíclica Ut unum sint –
sobre o empenho Ecumênico - Papa João Paulo II - Roma 1995
“A misericórdia
possui uma valência que ultrapassa as fronteiras da Igreja. Ela nos relaciona
com o Judaísmo e o Islamismo, que a consideram um dos atributos mais marcantes
de Deus. Israel foi o primeiro que recebeu esta revelação, permanecendo esta na
história como o início de uma riqueza incomensurável, para oferecer à
humanidade inteira. As páginas do A.T. estão permeadas de misericórdia, porque
narram as obras que o Senhor realizou em favor do seu povo, nos momentos mais difíceis
da sua história. O Islamismo, por sua vez, coloca entre os nomes dados ao
Criador o de Misericordioso e Clemente. Esta invocação aparece com freqüência
nos lábios dos fiéis muçulmanos, que se sentem acompanhados e sustentados pela
misericórdia na sua fraqueza diária. Também eles acreditam que ninguém pode pôr
limites à misericórdia divina, porque as suas portas estão sempre abertas.
Possa este Ano
Jubilar, vivido na misericórdia, favorecer o encontro com estas religiões e com
as outras nobres tradições religiosas; que ele nos torne mais abertos ao
diálogo, para melhor nos conhecermos e compreendermos; elimine todas as fomas
de fechamento e desprezo e expulse todas as formas de violência e discriminação.”
Misericordiae Vultus - O rosto da misericórdia - Papa Francisco - (2015)
Tema
para o 49º Dia Mundial da Paz, 01 de janeiro de 2016
“Vence a indiferença e conquista
a paz”
PROPÓSITO
DO MÊS
Meditar
e refletir:
“A
misericórdia possui uma valência que ultrapassa as fronteiras da Igreja” Papa Francisco - 2015
INTENÇÃO
MENSAL
Oferecimento
da oração do Santo Terço à Santíssima Virgem Maria, pela intenção do Santo Papa Francisco: “rezemos pelos Cristãos que são perseguidos, muitas vezes no meio do
silêncio vergonhoso de muitos”
PARA APROFUNDAR
Misericordiae Vultus - Bula
de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia - Papa Francisco
Declaração Nostra
Aetate - Papa Paulo VI - Concílio
Ecumênico Vaticano II
Carta Encíclica Ut unum
sint - Papa S. João Paulo II
*A obra que ilustra o
Tema Mensal de Janeiro 2016, é de Norman Rockwell e está na ONU
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