Abril - 2018
(Ano - B)
“Não ardia o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho...?”
(Lc. 24.32)
“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda a criatura.”
(Mc. 16.15)
Ó Jesus, ressuscitando dos mortos por divino poder, abristes
para nós a eternidade e nos ensinastes os caminhos da vida...
Antes que os outros, aparecestes às tímidas mulheres: merecia-o
o afeto de sua intensa devoção. Sucessivamente vos manifestastes a Pedro, aos
discípulos no caminho de Emaús, aos Apóstolos reunidos... Assim, por quarenta
dias aparecendo de muitas maneiras, e com eles comendo e bebendo,
iluminastes-nos pela fé, confortastes-nos pela esperança, para inflamar-nos
finalmente no amor...
Felicíssimos os olhos que vos viram, ó Senhor! E feliz serei
também eu se um dia puder ver a vossa luz mais resplandecente que o sol.
cf. S. Boaventura, O lenho da
vida 34-35, Obr. mist., pp. 113-114
“Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora
de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo,
amou-os até ao fim” (Jo 13.1) Este amor até ao fim, este amor divino, vemo-lo
em Jesus, que sendo Deus Se fez homem por amor de nós homens e para nossa
salvação. Mais ainda: “Fez-se Servo obediente até à morte e morte de Cruz.” Ele
amou-nos até ao fim com um amor desconhecido dos nossos esquemas humanos: deu a
sua vida por nós. E não em abstrato, em geral: “Ele amou-me e entregou-Se a Si
mesmo por mim” (Gl 2.20), podemos dizer com São Paulo, se somos cristãos. E
ainda com São Paulo, assumindo as conseqüências da nossa fé, reconhecemos que
“Ele morreu por todos a fim de que aqueles que vivem não vivam já para si
mesmos, mas para Ele que morreu e Ressuscitou por eles” (2Cor 5.15). Só o amor
de Jesus Cristo nos liberta da mais terrível escravidão que é o egoísmo, que é
vivermos para nós mesmos.
A Páscoa de Jesus, a sua passagem deste mundo para o Pai, é
também a Páscoa dos cristãos. “Cristo é a nossa Páscoa.” (1Cor 5.7) Libertados
da escravidão e lavados dos nossos pecados nas águas do Batismo, fomos pelo seu
Espírito integrados no seu Corpo que é a Igreja, para cultivarmos a comunhão
fraterna e a vida própria dos filhos de Deus celebrando e vivendo a Eucaristia.
A Igreja é este povo pascal que caminha unido a Cristo para a
casa do Pai e se reúne para celebrar, viver e proclamar a Páscoa de Jesus, a
sua vitória sobre a morte.
Imagens da Fé - Percursos iconográficos
e pastorais - D. João Marcos
Ressuscitou. Não regressou à vida anterior: penetrou na vivência
imortal. Não reentrou pela porta de onde saíra: achou uma porta nova que dava
para as pradarias da vida eterna. Não voltou a estar vivo: tornou-se “o
Vivente”, o que já não pode morrer.
Ressuscitado, é Ele e não é Ele. É Ele, porque não se trata de
pessoa diferente. E não é Ele, porque nele, agora, triunfa e resplandece a
divindade. “Quando Jesus Ressuscitou - cantou um poeta - todos pensaram que Ele
tinha voltado. Mas não era Ele, era mais Ele. Era o Definitivo.
“Rainha do Céu, alegrai-vos, porque aquele que trouxestes em
vosso seio Ressuscitou, como disse”- reza uma antífona da Páscoa.
A seu lado, em todo o lado, o vê agora Maria presente e
palpitante como seu Filho, Salvador e Senhor único da Humanidade.
Já não é de Belém, de Nazaré, de Cafarnaúm, de Jerusalém. Enche
a terra inteira, dirigindo as “operações” lá da margem inalterável da sua
Ressurreição.
Nossa Senhora do Evangelho -
Abílio Pina Ribeiro
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar e refletir:
A Páscoa de Jesus, a sua passagem deste mundo para o Pai, é
também a Páscoa dos cristãos. ... A
Igreja é este povo pascal que caminha unido a Cristo para a casa do Pai e se
reúne para celebrar, viver e proclamar a Páscoa de Jesus, a sua vitória sobre a
morte.
INTENÇÃO MENSAL
Oferecimento da oração do Terço à Nossa Senhora, “pela
perseverança da nossa fé”
PARA APROFUNDAR
Nossa Senhora do Evangelho “Fazei o que Ele vos disser” - Abílio
Pina Ribeiro
Imagens da Fé – Percursos iconográficos, teológicos e pastorais
- D. João Marcos
*A obra que ilustra o
Tema Mensal de abril 2018, é de Marko Ivan Rupnik - “Cristo Pantocrator”
M.C.V.F.