Novembro - 2021
(Ano B)
“Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão...” (Ap 1.7))
“A Ele que nos ama e nos libertou de nossos pecados com seu Sangue...
A
glória e o poder pelos séculos” (Ap 1.5-6)
O final da vida de
Jesus não foi seu fim. O querígma primitivo afirma que “Cristo morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado e que Ressuscitou ao
terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Cor 15.3s). Disso os discípulos são
“testemunhas”. Do escândalo da Cruz surgiu a novidade do impossível. Essa
absoluta novidade para eles e a absoluta novidade experimentada neles fazem com
que se formule a fé em Deus, sua aceitação de Jesus e sua Esperança do Reino de
Deus. O que há de impossível nessa novidade faz com que, a partir da
Ressurreição de Jesus, aceitem a suprema e irrevogável revelação do que é Deus,
do que é Jesus e do que são eles mesmos. Daí paulatinamente foram formulando
essa novidade trinitariamente.
Novo Dicionário de Teologia - Cristologia
Cristo, Verbo
eterno, é “aquele que é” e sempre foi, princípio e fim de toda a criação.
Cristo, Verbo encarnado, é aquele que vem para salvar os homens, princípio e
fim de toda redenção e que um dia virá para julgar o mundo. Ei-lo que vem entre
as nuvens e todos os olhos O verão, também os que O transpassaram e, por causa
dele, hão de se lamentar todas as tribos da terra.
A visão grandiosa
de Cristo Senhor universal une-se a de Cristo crucificado e esta recorda a
consideração de seu imenso amor: “Ama-nos, e nos libertou dos nossos pecados em
virtude do seu Sangue”. Rei e Senhor, outro caminho não escolheu, para
purificar os homens do pecado, senão lavá-los com o próprio Sangue. Unicamente
por este preço os introduziu no seu Reino, onde os admitiu não só como súditos,
mas também como irmãos e co-herdeiros, como co-participantes de sua realeza, de
sua dominação sobre todas as coisas. “Fez de nós um reino de sacerdotes para Deus,
seu Pai”. Até este ponto quis Cristo Senhor que participassem os homens de suas
grandezas!
O
Evangelho (Jo 18.33b-37)
também apresenta a realeza de Cristo em relação com sua Paixão e a contrapõe,
ao mesmo tempo, às realezas terrenas. Tudo isto baseado no colóquio entre Jesus
e Pilatos. Sempre se ocultara o Senhor às multidões, que em momentos de
entusiasmo queriam proclamá-lo rei. Entretanto agora, que está para ser
condenado à morte, confessa abertamente sua realeza. À pergunta de Pilatos:
“Então és rei?”, responde: “Tu o dizes, eu sou Rei”. Antes, porém, declarara: “Meu Reino não é
deste mundo.”
A realeza de
Cristo não está em função de domínio temporal algum, nem político! É, ao
contrário, de domínio espiritual: consiste em anunciar a verdade, em conduzir
os homens à suprema Verdade, libertando-os das trevas do erro e do pecado.
“Para isto vim ao mundo - diz Jesus - para dar testemunho da verdade”. Jesus é
a “Testemunha fiel” da verdade, isto é, do Mistério de Deus e de seus desígnios
de salvação do mundo. Veio revelá-los aos homens e testemunhá-los com o
sacrifício da própria vida. Por isso, só quando está para abraçar a Cruz
declara-se Rei. E, da Cruz, atrairá tudo a si. (Jo 12.32)
Impressionante é
que, no Evangelho de João - o evangelista teólogo - esteja o tema da realeza de
Cristo constantemente ligado ao da Paixão. É que, na realidade, é a Cruz o
trono régio de Cristo. Da Cruz abre os braços para apertar a si todos os
homens, da Cruz governa com seu amor. Para que reine sobre nós, temos de nos
deixar atrair e vencer pelo seu amor.
Intimidade Divina -
Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
Jesus cumpriu a
Palavra, porque era a Palavra e excedeu os limites do possível. A força
transcendente de Deus pode tornar possível o impossível. E não concorre com a
liberdade humana, mas coopera com ela e promove-a naqueles que O escutam e põem
em prática a Sua Palavra. A força de homens e mulheres de Deus está marcada de
impotências, mas pode sempre descobrir o que fazer, nos dramas e situações
conturbadas, para realizar o que Deus pede. É mediante pessoas que cumprem a
Sua Palavra, seguem a Sua vontade, como
Moisés, como Maria e como Jesus, que Deus governa o mundo. Cristo é Senhor do universo,
Senhor dos seres humanos que, livres para o serviço, não se sujeitam às
estruturas do poder corrompido.
O Credo em Imagens - Carlos A. M. Azevedo e Isabel Nunes
Dia
21/11/2021, último Domingo do Ano Litúrgico: “Solenidade de Nosso Senhor Jesus
Cristo, Rei do Universo”.
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar
e refletir:
“...é a Cruz o trono régio de
Cristo. Da Cruz abre os braços para apertar a Si e todos os homens, da Cruz
governa com seu amor”
INTENSÃO MENSAL
Oferecimento do Santo Terço à
Santíssima Virgem Maria, “Para que sejamos um apoio, na vida de quem sofre” -
“Rezemos”
PARA APROFUNDAR
Novo
Dicionário de Teologia - (Cristologia) - Juan José Tamayo (org.)
Intimidade
Divina - Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
O
Credo em Imagens
- Carlos A. M. Azevedo e
Isabel Nunes
*A obra que ilustra o Tema Mensal
- Novembro 2021: “Cristo Pantocrator” - Pe. Marko Ivan Rupnik e se encontra em
Budapeste - Hungria.
M.C.V.F.
www.virgemperegrina.org.br
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