Tema Mensal - Junho – 2020 - (Ano A)
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo
estejam com todos vós” (2Cor 13.13)
“A Vós louvor, honra e glória eternamente!”
“Bendito seja Deus Pai,
bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santo. Grande é seu amor por nós.”
O Pai gera, desde sempre, seu Verbo - o Filho - em quem exprime todo o seu Ser, comunicando-lhe toda a sua divindade; o Pai e o Filho se dão e se possuem um ao outro num ato de amor infinito, em comunicação perfeita e substancial que é o Espírito Santo.
Não permanece, porém, o amor de Deus circunscrito na Trindade, mas expande-se fora, na criação. Tudo o que o homem é e possui é dom da Santíssima Trindade, do amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo “porque grande é seu amor por nós”.
Inclinando-se para o homem, assume o amor divino um aspecto particular, o da Misericórdia: “Deus compassivo e misericordioso, lento para encolerizar-se, cheio de bondade e fidelidade” (Ex 34.6) . ...
Na plenitude dos tempos, Deus fará muito mais! Virá em pessoa habitar entre os homens, enviando o Filho para salvar o mundo: “Porque amou Deus tanto o Mundo, que deu seu Filho único” (Jo 3.16). Com a Encarnação do Filho, por vontade do Pai e obra do Espírito Santo, manifesta-se do modo mais eloquente o amor de Deus para com o homem, e ao mesmo tempo revela-se Deus em seu Mistério Trinitário. Está em ato toda a Trindade em favor do homem criado à sua imagem e destinado a participar de sua vida divina. ...
O Mistério Trinitário é a fonte do Mistério de Cristo, fonte da salvação universal, fonte da vida cristã. ... Assim entra o homem, por meio de Cristo, no ritmo da vida trinitária, vida de amor e de comunhão com as Três Pessoas divinas que nele habitam. ...
* Intimidade Divina - Gabriel de Sta. Ma. Madalena, O.C.D.
É característica do texto joanino que o Pai, o Filho e o Espírito Santo sejam nomeados claramente como Pessoas; a primeira distinta da segunda e da terceira e estas também distintas entre si. Jesus fala do Espírito Consolador, usando mais de uma vez o pronome pessoal “ele”.
E, ao mesmo tempo, em todo o discurso de despedida, revela aqueles vínculos que unem reciprocamente o Pai, o Filho e o Paráclito. Assim, “o Espírito... procede do Pai” e o Pai “dá” o Espírito. O Pai “envia” o Espírito em nome do Filho, o Espírito “dá testemunho” do Filho. O Filho pede ao Pai que envie o Espírito Consolador; mas, além disso, afirma e promete, em relação com a sua “partida” mediante a cruz: “Quando eu for, vo-lo enviarei”. Portanto, o Pai envia o Espírito Santo com o poder da sua paternidade, como enviou o Filho; mas, ao mesmo tempo, envia-o, com o poder da Redenção realizada por Cristo - e neste sentido o Espírito Santo é enviado também pelo Filho: “Eu vo-lo enviarei”.
Assim, no discurso da Ceia pascal de despedida, atinge-se, por assim dizer, o ápice da revelação trinitária. Ao mesmo tempo, encontramo-nos no limiar de eventos definitivos e de palavras supremas, que por fim se traduzirão no grande mandato missionário, dirigido aos Apóstolos e, mediante eles, à Igreja: “Ide, portanto, e ensinai todas as gentes”, mandato que contém, em certo sentido, a fórmula trinitária do Batismo: “batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
A fórmula reflete o Mistério íntimo de Deus, da vida divina, que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo, divina unidade da Trindade. O discurso de despedida pode ser lido como uma preparação especial para esta fórmula trinitária, na qual se exprime o poder vivificante do sacramento, que opera a participação na vida de Deus uno e trino, porque confere a graça santificante ao homem, como dom sobrenatural. Por meio dela, o homem é chamado e “tornado capaz” de participar da imperscrutável vida de Deus. Na sua vida íntima, Deus “é Amor”, amor essencial, comum às Três Pessoas divinas. *Dominum Et Vivificantem - Carta Encíclica do Sumo Po ntífice João Paulo II
No dia 19 de junho: “Sagrado Coração de Jesus” - “Tomai sobre vós o meu jugo e de mim aprendei, que sou de manso e humilde coração” (Mt 11.29)
No dia 20 de junho: “Imaculado Coração de Maria” - “Bendita
é a Virgem Maria, que guardava a Palavra de Deus, meditando-a no seu coração”
(Lc 2.19)
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar e refletir: “Ide, portanto, e
ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo”. A fórmula reflete o Mistério íntimo de Deus, da vida divina, que é o
Pai, o Filho e o Espírito Santo, divina unidade da Trindade.
INTENSÃO MENSAL
Oferecimento do Santo Terço à Santíssima Virgem Maria, rezando: “Senhor Jesus, iluminai a Ciência e abençoai o Mundo!”
PARA APROFUNDAR:
Intimidade Divina - Gabriel de Sta. Ma.
Madalena, O.C.D.
Dominum Et Vivificantem - Carta
Encíclica do Sumo Pontífice João Paulo II
*Ilustra o Tema Mensal -
Junho 2020 (Ano A), a obra: “Santíssima
Trindade” cuja autoria é de: Cláudio
Pastro.
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