Julho - 2020 - (Ano - A)
Ave Maria, “magnífica honra de Israel, esplêndida glória de nosso povo” (Jt 15.9)
“Feliz o seio da Virgem Maria, que trouxe o Filho do
eterno Pai” (Lc 11.27)
O Concílio Vaticano II tratou o tema da Virgem Maria na Constituição sobre a Igreja. Dedicou-lhe o capítulo VIII, o último da Constituição, querendo significar, assim, que em Maria se encontra a perfeita imagem da Igreja que o título define: A Bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no mistério de Cristo e da Igreja.
A doutrina mariana do Concílio tem sido desenvolvida pelo magistério da Igreja de uma forma muito abundante, sobretudo na “Marialis Cultus” e na “Redemptoris Mater”. A exortação Apostólica Marialis Cultus de Paulo VI apresenta a Virgem Maria como modelo da Igreja no exercício do culto. Desenvolve a temática da fé com o recurso à oração da Igreja. Segundo a tradição, a Igreja reza como crê e acredita como reza: a norma da oração determina a norma da fé. A formulação da oração evolui à medida do aprofundamento vivencial da fé.
A liturgia apresenta a Virgem Maria muito à maneira da Igreja e suas circunstâncias. O objetivo pedagógico e mistagógico é apresentar Maria como figura e modelo da Igreja. As formas de conceber a Mariologia dependem da Eclesiologia. Maria e Igreja são uma mesma realidade sacramental.
Pouco sabemos da oração de Maria, mas pela oração da Igreja sabemos tudo o que da oração de Maria importa saber.
O próprio espírito com que Maria rezava, porque o Espírito rezava em Maria, foi cuminicado à oração da Igreja, “onde floresce o Espírito”. (Hipólito de Roma, Tradição Apostólica, 82)
Assim, podemos considerar Maria como modelo da Igreja
em oração e da oração da Igreja. A liturgia é a norma de toda a oração. Foi
assim o culto do antigo Israel que Maria conheceu e praticou e assim será no
culto da Igreja que Deus iniciou em Maria.
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O Magnificat apresenta Maria como a mulher orante por excelência. A sua oração encontra inspiração na prece das grandes mulheres orantes do Antigo Testamento, (p. ex: Ana, mãe de Samuel (1Sam 2.1-10), Judite (9.2-14), Ester (4.17)). A oração destas mulheres inaugurou novos tempos no seu tempo, como a de Maria inaugurou os tempos messiânicos, os sinais de Jesus em Caná e a oração da Igreja nascente.
A oração de Maria anuncia a oração da Igreja. Em Maria a Igreja iniciou a sua oração e em união com ela a perpetua.
O recurso a Maria nos textos da liturgia é uma necessidade orante da Igreja, porque Maria é um ícone, uma imagem orante, uma referência constante no espírito e na letra da oração da Igreja.
A Virgem Maria na Liturgia da Igreja - Documentos da Igreja e Estudos
Paulo VI propõe-nos Maria como “exemplo da atitude espiritual com que a Igreja celebra e vive os divinos mistérios”, e adorna-a com os belos títulos de Virgem ouvinte, Virgem orante, Virgem oferente, Virgem Mãe e Mestra de vida espiritual. (Marialis Cultus).
Mais tarde, João Paulo II, convida a Igreja a frequentar a “escola de Maria, mulher eucarística” (Encíclica - A Igreja vive da Eucaristia). ...
Com Cristo, único e eterno sacerdote, o cristão faz da sua vida um “culto agradável a Deus”. De este culto existencial, Maria é, para a Igreja, o modelo mais inspirador e mais perfeito. Paulo VI escreveu:
“Bem cedo os fiéis começaram a olhar para Maria, a fim de, como ela, fazerem da própria vida um culto a Deus, e do seu culto um compromisso vital. Já no século IV, Santo Ambrósio, ao falar aos fiéis, lhes auspiciava que em cada um deles houvesse a alma de Maria, para glorificarem a Deus: “Que em cada um de vós haja a alma de Maria para bendizer o Senhor; e em cada um de vós esteja o seu espírito, para exultar em Deus!”.
Nossa Senhora do Evangelho “Fazei o que Ele vos disser” - Abílio Pina Ribeiro
16 de julho - Festa de “Nossa Senhora do Carmo” - “Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.”
Em 16 de julho de 1858 - Nossa Senhora, aparece em Lourdes - “Era a noite da festa de Nossa Senhora do Carmo quando Bernardette, que estava na igreja, ouviu o chamado para ir à Gruta dos Milagres”. Enquanto rezava, teve o último encontro com a “Senhora de Branco” - Décima Oitava Aparição.
PROPÓSITO DO MÊS
Meditar e refletir: “O Magnificat apresenta Maria como a mulher orante por excelência.”
INTENÇÃO MENSAL
Oferecimento do Santo Terço à Santíssima Virgem Maria,
“Para que as famílias sejam acompanhadas com amor, respeito e conselho”
PARA APROFUNDAR
- A Virgem Maria na Liturgia da Igreja - Documentos da
Igreja e Estudos
- Nossa Senhora do Evangelho “Fazei o que Ele vos disser” - Abílio Pina Ribeiro
*Ilustra o Tema Mensal - Julho 2020 (Ano A), a obra: “Mãe
de Deus” - de Cláudio Pastro.
M.C.V.F.
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